segunda-feira, maio 04, 2009

João Bertolucci (meu avô)

Post atualizado em 27/05/2010
Este será um post bastante grande, pois trata-se de meu avô João. Não tive muito contato com ele, já que falecera em 1969 quando eu tinha apenas 7 anos de idade, contudo, vou deixar aqui resgitrado o que consigo lembrar.

Naquela época meus avós moravam na Rua Engenheiro Saturnino de Brito no bairro do Belenzinho. Era uma casa térrea que hoje pelo que me parece foi demolida. Moravam meus avôs João e Clandira, minha tia Marilda com seu esposo João Tiano, meus primos Cláudio (Di), Carlos (Nenê) e minha prima Nilza (Tuca). É, todos tinha apelidos. Nos baixos da casa moravam meu tio (e meu padrinho) Assir com minha madrinha Jordelina. Eles não tiveram filhos.

Na mesma rua, mais próximo a Avenida Celso Garcia, moravam meus tios Osmar e Maria Inês, com meus primos Nilton e Nilson Bertolucci. Naquela casa ainda moravam os parentes da minha tia (Família Santos Gonçalves), sua mãe e seus irmãos Dito (Benedito) e Geraldo. Acho que tinha a "tia" Nair também. Eram muitas pessoas e destes só minha tia Maria Inês (falecida em 2013) e meus primos, claro, estão vivos . E ainda, nesta mesma rua morava a irmã da minha tia Maria Inês de nome Dita (Benedita) com seu esposo Paschoal e sua filha Izilda (Izildinha como chamavamos). Todos estão falecidos, inclusive Izilda que morreu muito moça com menos de 50 anos, creio que em 2004. Complementando meus familiares por parte de minha mãe (Família Pierroti) moravam na Rua Herval no mesmo bairro. Muitos e muitos parentes por perto, por isso temos tantos vínculos com esse bairro querido.

Eu não me lembro, mas acho que meu avô não trabalhava em mais nada quando faleceu, mas não era aposentado. Segundo, em conversa com um primo agora em 2010, meu avô João trabalhava de consertar máquinas de costuras.

Era uma bagunça aquela família, tiveram algum dinheiro, mas não adquiriram nada na vida. Meu tio Assir trabalhava, as vezes não, as vezes sim, era o que comentavam, creio que era um problema para a família. Mas nesta casa tinham muitas alegrias, muitos encontros de domingo e muita comilança como todas as boas famílias de descendentes de italianos. Ainda consigo me relembrar das risadas de todos, os causos, o entra e sai de pessoas, pois todos moravam pertos. Era muito comum minha avó comentar dos seus parentes da cidade de Jacareí, família Guedes Magalhães. Meu padrinho Assir então quando bebia um pouco mais acabava sendo incoveniente e sempre contava as mesmas histórias. (rs). Foi assim até bem velhinho quando veio a falecer num asilo.

Era comum no Natal nos fartamos de muita massa, muitos frangos, muita e muita comida. Meu pai Hélio e meu tio Assir comiam um frango cada. Ainda tinha os grandes caldeirões de boa canja feitas com as galinhas do quintal que minha avó abatia. Segundo minha mãe Nair, quando eu fui batizado em dezembro de 1962 a fartura era tanta que meus parentes por parte de mãe ficaram abismados com a comilança (rs).

Meu avô João casou-se com Clandira Guedes Magalhães em 18 de novembro de 1916, na cidade de Jacareí. Ele com 21 anos, profissão artista e ela com 17 anos, doméstica, nascida em Taubaté. Eram pais da minha avó Clandira, Antonio Guedes Magalhães e Maria Lacombe Magalhães. Meu avô nascido e morando em São Paulo como será que conheceu minha avó na cidade de Jacareí?
João teve em sociedade uma pequena indústria de móveis no bairro do Brás. A fábrica chamava-se "Móveis Santa Maria" de Favaro & Bertolucci. Temos algumas fotografias desta fábrica, dos móveis e dos funcionários. Creio que a indústria ficava perto de sua residência pois em algumas fotos aparecem meus tios Edmilson e Assir junto aos funcionários. Não sei o que aconteceu com esta sociedade. se faliu, se venderam, sei que alguns móveis que tinham na casa dos meus avós tinham sido produzidos nesta fábrica. Segundo minha mãe, Nair, o berço da minha irmã foi meu avô quem o confeccionou.

Tenho em posse a Carteira de Saúde de meu avô emitida em 16 de feveireiro de 1938. Lá diz que ele morava na Rua Casemiro de Abreu, 90 e trabalhava na Rua Aurora, 198 na empresa Angelo Del Vechio como serrador. Esta empresa Del Vechio só pode ser dos violões. Entrei em contato com esta empresa que me respondeu em julho de 2009 que meu avô foi sim funcionário deles.
Seu Avô trabalhou em nossa empresa, no periodo de 01 de fevereiro de 1937 e demitiu - se em 31 de outubro de 1938 de sua espontanea vontade, conforme consta do livro de registro, ( não tem Foto), e exerceu a função de serrador operario. Para trabalhar das 08:00 as 19:00 horas com intervalos de 2 horas.Nome do pai Luiz, nasceu em 22 de junho de 1895, e residia na rua casimiro de abreu nº90, Brasileiro Casado.

Atenciosamente

Casa Del Vecchio LTDA.

3 comentários:

Suely disse...

Temos mais em comum do que imaginei a primeira vista, lendo tuas postagens noutro blog.

Uma das identificaçõe é que como você também contei a história do meu avô para os internautas, rsrs

Espero resposta ao e-mail que lhe enviei, curiosa para saber se minha colega de ginásio é sua parente.

Vou ver com cuidado outras postagens, pois adorei o que comecei a ler aqui.

Sandra Rodrigues disse...

olá!!
sei que está pesquisando sua descendencia paterna mas vi que sua
mãe assina Pierrotti e eu estou fasendo minha arvore genealogica
e inclui a do meu marido que tambem assina Pierroti cujo bisavo era Lourenço Pierrotti que veio da Italia
nascido no ano de 1847 em milão
quem sabe ñ são parentes... se achar que pode ser vou dexar meu email
desde ja obrigado!
s_rod_r@hotmail.com

Cecíla Elisa Del Vecio disse...

Oii, como vc e os outros dois comentarios estão refazendo a árvore genealógica, também estou.
Tenho sobrenome chines e Del Vechio por parte de pai, meu bisavo era italiano. Mas essa pesquisa está muito doficil já que quando meu bisavo veio para o Brasil, o identificaram como Del Vecio com 1 c só, se eram dois.
Se puder me ajudar nesta pesquisa ou se tiver mais alguma informação sobre a família pro favor me avise!

ceci.hwll@hotmail.com
Obrigado desde já! Cecília.